Formar o preço de venda é um trabalho delicado e qualquer engano pode comprometer seriamente os resultados da empresa. A correta formação de preços deve levar em consideração uma série de taxas, muitas delas, geralmente "esquecidas".


Nossa empresa dispõe de profissionais que trabalham nesse assunto desde 1981. Atuando ao longo desses anos como consultores, tivemos a oportunidade de encontrar apenas umas poucas empresas apurando corretamente o custo líquido e raríssimas formando o preço de venda de modo realmente profissional.


Talvez aqui fale mais alto uma certa aversão que o brasileiro tem, em geral, pela matemática, ou então a falta de conhecimento sobre as técnicas de custeio, ou ambas as hipóteses. Na verdade conhecemos muitas empresas em dificuldades e, a grande maioria delas não teria chance de sucesso caso não se tivessem lançado a um radical processo de mudanças estruturais e conceituais.


Pudemos observar os mais variados métodos de formação do preço de venda utilizados nas companhias que visitamos, mas raras foram as oportunidades em que nos deparamos com alguma base científica ou, pelo menos, cujo resultado matemático condiz com o planejado pelo empresário. 


Um dos métodos mais comuns que encontramos para formar o preço de venda é o da multiplicação, também chamado mark-up multiplicador, como se mostra abaixo:


               Custo do Produto * 3 = Preço de venda para 30 dias


Ou seja, o administrador acreditava que multiplicando o custo por um fator fixo, por exemplo o número 3, conseguiria cobrir todas as despesas como o pagamento de impostos, comissões, frete, prazo, etc. e ainda seria possível obter algum lucro. O número "3" era comum a um grupo de empresas, por exemplo, o setor de calçados; o "2,5" era normalmente utilizado por outro grupo de empresas, e assim por diante.


Parecia haver uma espécie de "acordo" setorial que levava todos a respeitarem um determinado "método" para a formação do preço de venda. Em nossa opinião tratava-se de um acordo de solidariedade para que "todos pudessem perder dinheiro juntos". Numa época de alta inflação, esse foi um verdadeiro voto de pobreza!


É muito simples entender nossa afirmação: a grande maioria das empresas não tinha sequer noção do que significava multiplicar o custo por "3" e, pior, a multiplicação era feita sobre um custo que também não fora adequadamente apurado. 


O objetivo deveria ser a formação de um preço de venda que pudesse conter todos os gastos que envolvem a negociação e permitir que a empresa obtenha rentabilidade. Isso significa que não basta multiplicar o suposto custo por um mark-up qualquer. É preciso estudar a condição comercial e gerar preços seguros, senão, podemos ter preços muito altos, que inviabilizam a venda, ou preços muito baixos, que inviabilizam a manutenção da empresa.


Ainda mais em um país como o Brasil, com uma legislação tributária complicada, como uma série de impostos e contribuições, algumas onde a empresa consegue "algum crédito" do tributo enquanto outros tem que ser 100% suportados pelo preço de venda do produto, calcular o preço de venda utilizando essa maneira "simplista" de obter o preço de venda com base em um multiplicador, certamente estará levando a empresa a falência em pouco tempo ou, então, ela não terá uma grande participação de mercado como ela teria se pudesse comercializar seus produtos pelos preços corretos (e justos).


Outra informação que você precisa ter em mãos para conseguir calcular o preço de venda do seu produto é o custo de fabricação ou de produção de uma unidade do seu produto. Em alguns casos essa operação parece ser simples quando se tem poucos produtos em linha de produção ou, então, quando a fórmula de produção (receita de fabricação) envolve poucos passos ou etapas.


Quando a gama de produtos começa a aumentar ou quando as fórmulas de fabricação começam a conter vários passos e principalmente quando um produto começa a conter outros produtos (ou semiacabados) em sua fórmula, calcular o custo usando planilhas ou algum outro método manual torna-se impraticável.


Imagine a seguinte situação: sua empresa possui 100 produtos cada um deles com uma média de 10 itens na sua fórmula. Só aqui já temos 1.000 itens que deverão ser gerenciados/controlados. E quando um produto para ser fabricado envolve uma série de produtos que entram na fórmula de outros produtos e assim sucessivamente? Já imaginou controlar isso manualmente ou utilizando planilhas? Não seria nada profissional (além de ser muito arriscado). 


Utilizando o Hipercusto todo esse processo de custeio torna-se extremamente simples. Ele é um sistema preparado para suportar milhares de produtos e/ou semiacabados, milhares de matérias-primas, setores produtivos e prestadores de serviços. Além disso, cada produto pode conter vários níveis, limitado apenas pelos recursos disponíveis no seu computador (o Hipercusto está preparado para gerenciar centenas de níveis e até hoje não encontramos nenhuma empresa que tivesse mais do que 11 níveis na fórmula de fabricação dos seus produtos).


  • O Hipercusto possui diversas versões e modos de licenciamento e, assim, pode ser que a versão que você adquiriu gerencie um número limitado de produtos, semiacabados, matérias-primas, setores produtivos ou prestadores de serviços, ou, ainda que algum dos módulos apresentados nestes manual não estejam disponíveis na sua cópia. Isso é porque você está usando uma versão reduzida do sistema porém, se desejar, poderá atualizar sua versão para uma versão com mais recursos mediante aquisição de uma licença de atualização (consulte-nos se for seu caso).
  • Alguns termos apresentados nesse manual pode ser diferentes dos exibidos da tela do seu sistema porém as explicações apresentadas também se aplicam à sua instalação.
  • Devido a possibilidade do Hipercusto ser customizado para atender necessidades específicas do usuário, pode ser que alguns comandos e funções apresentadas neste documento possuam funcionamento diferente da versão licenciada pela sua empresa.